terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Dias 4 e 5






Algumas novidades...nosso balão solar não funcionou! Para que ele inflasse era necessário que estivesse frio (ok!), muito sol e nenhum vento. Nestes últimos dias o tempo só piorou, com muita garoa, céu encoberto e ventando bastante...o que tornou inviável a subida do balão.
Partimos para o plano B - usar balões com gás hélio! O que tornou as coisas um pouco mais engraçadas...Para isso tivemos que fazer algumas pesquisas para saber quantos balões e quantos metros cúbicos de hélio precisaríamos para levantar o arduino+xbee+GPS, as placas solares e os sensores de gás. Contas feitas, compramos um galão de gás hélio e alguns balões para continuar os testes.
4 balões conseguiram levantar o arduino+xbee!!!
Enquanto isso, eu e Sandra fizemos um storyboard para a visualização dos dados, e como representaríamos as condições do ar para as crianças.

este post continua...

sábado, 31 de janeiro de 2009

Fotos



Álbum de fotos do MediaLab para o Interactivos?.

Dia 3 - Construindo um balão


Como escrevi antes, a primeira etapa de desenvolvimento do Glob@s será a construção de um balão. E isto toma tempo!
Após uma pesquisa na internet, encontrei este site que ensina como construir seu próprio balão - http://www.solar-balloons.com/ht_standard-shape.html
Isso nos tomou quase todo o dia e no final fizemos o primeiro teste indoor, usando o secador de mãos do banheiro para inflá-lo. Funcionou! Amanhã tentaremos fazê-lo voar ao ar livre! Enquanto isso, discutimos paralelamente como visualizaremos os dados...

Dia 2 - Apresentação dos Colaboradores



Foi aberto um espaço para apresentação de cada um dos colaboradores - quem é, de onde veio, em que projeto colaborará. No total são 26 pessoas, que vieram de diferentes países, por diferentes motivos, mas principalmente pelo caráter de colaboratividade dos projetos. Poucos estudantes, e poucos pessoas ligadas a universidade. Alguns se consideram artistas demais para se submeter às regras da instituição (como eles dizem!). Mas o caráter investigativo, de pesquisa e de produção de conhecimento está presente em todos.
Como imaginava, sou a única brasileira! Portugal, Espanha, França, Áustria, Irã, Inglaterra, Índia, Austrália, Argentina, México, Itália, Suécia, EUA, Canadá, Alemanha...tem gente de quase todo lugar. A língua oficial de trabalho é o inglês, e as vezes dá até pra ouvir algo em português.
Na sexta-feira começamos a trabalhar de verdade!

Glob@s



Este foi o projeto que escolhi colaborar, pelo caráter de divulgação científica para as crianças. Após a apresentação da Suzana fui conversar com ela para expor alguns pontos de vista e discutir como poderíamos disponibilizar as informações dos sensores para que não fossem apenas dados aleatórios para as crianças. Insisti no potencial de formação de pequenos cidadãos críticos que este projeto tem e da preocupação com a preservação do meio ambiente, além do potencial de trabalho interdisciplinar nas escolas.
Numa reflexão pessoal sobre os projetos, percebi que a divulgação científica não é uma preocupação da maioria deles. A maioria dos proponentes são artistas que vieram em busca de pessoas, ferramentas e idéias para realizarem seus projetos pessoais, numa investigação sobre a poética e relações entre arte e tecnologia. Este é o diferencial do LAbI, que encanta a todos que tomam conhecimento do projeto e do nosso trabalho.
No Glob@s estamos trabalhando inicialmente na construção de um balão, que carregará os sensores de qualidade do ar. As questões técnicas foram adiadas até segunda-feira, data que serão entregues os sensores.

Dia 1 - Apresentação dos Projetos


Esta é a quarta edição do Interactivos? em Madri. Através do Consulado da Espanha, o projeto foi "exportado" para Peru, México e Argentina. Aqui em Madri, alguns técnicos foram contratados para dar o suporte necessário para a execução dos projetos, somando com os funcionários:
- Pix: softwares e servidores
- Mônica: produção
- Daniel: produção e técnica
- Laura: coordenação de conteúdo

Apresentação dos projetos
Cada proponente teve 20 minutos para apresentar seu projeto, seguido de uma rodada de perguntas feitas pelos colaboradores. Além dos proponentes, cerca de 30 pessoas participaram desta apresentação. Cada projeto possui um wiki, dentro do site do MediaLab, onde podem ser encontradas mais informações, inclusive de desenvolvimento técnico. Estas páginas serão alimentadas pelos grupos durante o workshop.

- Rompetechos, una plataforma aerea abierta
objetivo: construir um aeromodelo para voo autonomo, com sistema de controle e GPS, com as possiveis aplicações - fotos aéreas, levar posters, sensores metereológicos

- Sounds of Science
objetivo: a partir de fotografias eletrônicas microscópicas contruir uma instalação sonora, utilizando o software PureData e OpenCV

- Glob@s
objetivo: construir um balão que carregue sensores de qualidade de ar e com GPS, que recolha dados sobre contaminadores do ar e disponibilzá-los para crianças através do OLPC.

- Re:farm the City
objetivo: construir hortas com ferramentas de controle (umidade, temperatura, luz,...) e promover a educação ambiental.

- Fruit laboratory Computer
objetivo: construir um computador, alimentado (eletricidade) somente por frutas, numa reflexão sobre o processo evolutivo da tecnologia e da natureza.

- 3D Printer
objetivo: construir uma impresora 3D a partir do RepRap Project (open source) e trabalhar virtual design.

- Garage Astrobiology
objetivo: explorar questões relacionadas à sistemas orgânicos e artificiais, pesquisando como campos eletromagnéticos influenciam nos microorganismos.

- Hormiga Interactivos
objetivo: construir pequenos robôs-formiga, pesquisar as interações entre as formigas e os seres humanos.

- Five Filters
objetivo: questionar as mídias mainstream através da aplicação dos "Cinco Filtros", estimulando a pesquisa de midias independentes.

O que é Interactivos?



Interactivos? é um seminário e workshop internacional para desenvolvimento colaborativo de projetos que relacionam arte, ciência e tecnologia. O tema deste ano é Ciência de Garagem, sob a curadoria do Critical Art Essemble.
O Interactivos? é um dos projetos do MediaLab Prado, que é um programa do Departamento de Arte (Secretaria?) da Prefeitura de Madri, que tem como objetivo a produção, pesquisa e disseminação da cultura digital.
Além do Interactivos?, o MediaLab Prado realiza os seguintes eventos: Visualizar, Inclusiva.net, AVLAB e Laboratorio del Procomun.

Garage Science, by Critical Art Ensemble

Garage science is a term filled to the brim with utopian possibilities; however, unlike similar utopian rhetorical flourishes the form of production it describes can actually have a revolutionary impact on the material landscape of everyday life. At it’s most grandiose, garage science is associated with visionary eccentrics and next-level hackers that have changed the world. The light bulb, radioactivity, antibiotics, the synthesizer, the personal computer, etc. all began to some degree as home projects. Such revolutionary outcomes may not be probable, but they certainly are possible.

But even from a more quotidian perspective, there is every reason to pursue garage science. Before the Reagan Revolution began undermining it, public science was actually encouraged in the US—even by the government (although sometimes for cynical reasons). Numerous journals, magazines, and science supply houses catered to the sizable amateur public anxious to engage new scientific knowledge systems, materials, and processes. The effect was the creation of a citizenry knowledgeable enough about scientific developments—and more importantly, their application in the public sphere—that they were quite capable of intelligently participating in the politics of science.

Needless to say, when the neoliberals took power, they quickly realized this democratic form of politics had to be stopped, and the easiest way to kill it was to halt all forms of amateur science. They believed that knowledge development and management should be handled by small groups of “experts” who shared the ideological values of neoliberalism so that knowledge and its application could be controlled solely from the top down. After thirty years, neoliberal dismantling of the public education system and elimination of amateur science has reached such a point that the public now finds itself dependent on the ‘experts.’ Moreover, it finds plausible the idea that anyone doing science outside the institutions of the experts must be doing it for some nefarious reason.

For Critical Art Ensemble, part of our struggle has been to establish science as a popular site for cultural intervention, and to thereby contribute to a pedagogy that empowers people to challenge the experts, to become active participants in the politics of knowledge of the scientific and techno-spheres, and to expand the possibilities for cultural production into scientific disciplines.